Teologia da Libertação

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  • quarta-feira, 29 de julho de 2009
  • Enevant Chevalier
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  • A Teologia da Libertação se iniciou com o lançamento do livro “Teologia de La Libertacion” de Gustavo Gutiérrez em 1971. Esta nova de teologia não buscava a compreensão da Fé cristã diante do problema intelectual do presente e sim a libertação da a teologia dos moldes europeus para responder a nossa situação focando a América Latina.

    Ela colocava a questão: Como acreditar num mundo com tanta injustiça e opressão? Como ser cristão nele?Ao tentar responder tais perguntas modificou-se a teologia ate então usada.
    O seu diferencial e que ela não alienava o povo e sim despertava no cristão um compromisso com o social. Como diria Leonardo Boff; “uma teologia que escuta o povo.”.
    Numa palavra, a Teologia da libertação despertou a Igreja para o valor evangélico do compromisso libertador com os pobres numa linha além do tradicional assistencialismo caridoso.

    A Teologia desbloqueou os cristãos para o compromisso social radical em nome da Fé, mostrando que o problema da Fé na América Latina não estava em questões dogmáticas, mas em como enfrentar a sua luz a situação de opressão, de exploração das grandes massas populares.

    Em pouco tempo, um grande numero de leigos católicos, padres, bispos e religiosos do Brasil e América Latina aderiram a tal movimento. Podemos citar como integrantes: Carlos Felipe Ximenes Belo, Samuel Ruiz, Leonardo Boff, Jose Miguez Bonino, Dom Hélder Câmara, Ernesto Cardenal, Paul Gauthier, Dom Pedro Casaldáliga, Gustavo Gutiérrez, Erwin Kräutler, Dom Oscar Romero, Giampietro Baresi, Juan Luis Segundo, Frei Tito entre outros.
    Uma das células que teve grande importância foi o surgimento das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) nos anos 60. Os integrantes destes grupos se reuniam em seus bairros e debatiam a sua realidade à luz da Palavra de Deus e das motivações religiosas. Com esses debates em cima dos textos bíblicos, a bem dizer, apenas o Novo Testamento, os pobre viam que pregações que Jesus fazia para sua época se encaixavam nas necessidades do agora.
    Uma passagem do Antigo Testamento que desempenhou um papel fundamental era do livro do Êxodo, quando o povo oprimido se liberta do poder do faraó e sai em busca da terra prometida por Deus. Trazendo para a atualidade, este episódio levanta questões para a reflexão e a ação como: “quem é o faraó hoje?”, “quem é o povo escravizado?”, “o que é o deserto?”, “Como Deus liberta?”, “qual o papel de Moisés?” e assim a Bíblia passa a ser tida como fonte de inspiração para as lutas populares. E a partir de então se começavam a fazer reivindicações para haver melhorias nos bairros, nas cidades, nos estados e no país.
    Foi então que o povo de Deus começou a se mobilizar mais. Os que n tinham terra faziam romarias nas cidades do país clamando por terra. Ai os gritos dos pobres começaram a ser ouvido.

    O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), hoje considerado o movimento social de maior peso no país, teve seu inicio no seio da Teologia da Libertação.
    Todas as romarias e passeatas tinham como principal combustível a Fé. Viam a Igreja como sendo a representação do Pastor de Deus, e se viam como ovelhas.
    Mas não era só o pobre sem terra, sem emprego e sem alimento que era favorecido, o negro, a mulher e o índio também tinham voz. No caso dos indígenas alem de serem mal tratados, ainda, tinham suas terras tomadas por criadores de gado e de pessoas que desmatavam as florestas para a obtenção de madeira. Ao tocar até em questões culturais e antropológicas, atingiu raízes mais profundas e ai se percebeu melhor as exigências de uma cultura a partir das vítimas da história.

    Se formos analisar a teologia da libertação e as CEBs foram à maior contribuição contemporânea da Igreja Católica a sociedade brasileira. Merecem, portanto serem conhecidas por quem se interessa pela causa dos pobres, necessitados, injustiçados e excluídos da sociedade.

    Raphael Leal
    Grande Comendador do Oriente - Côrte Chevalier Frei Caneca

    1 comentários:

    1. Anônimo disse...
    2. Total hipocrisia!

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